Dentro do apartamento, me remexo nas cobertas e me incomoda ela ter levantado. “Precisava ser tão fria?”. As vezes o jeito dela de não falar, de guardar o que ela sente, me incomoda muito mais do que parece. “Ela é sincera, mas poxa, por que não dizer que tudo que significa pra mim, significa também pra ela?”.
Me levanto.
“Pra onde ela foi mesmo?”
A dor no corpo me acomete assim que coloco os pés no chão. O telefone toca. É a Thais. O toque dela é Sondre Lerche, não tinha como não reconhecer. Atendo.
“João! João… Eu vou pra Paris. Eu vou pra Paris…”
O mundo desaba em mim.
Continua…