Abrace a realidade e permita-se ser quem você realmente é.
… nessa e em outras vidas, precisava dizer obrigada!
Houve um tempo que algumas coisas não fariam sentido, nem tampouco me imaginaria onde estou. Houve um tempo que a infinitude da vida não seria calculada, minhas palavras não seriam medidas e minha paciência mensurada. Houve um tempo que eu me jogava e me despedaçava, me sentia livre e sem preocupações, mas sempre soube que esse tempo acabaria. Se cessaria de tantas formas que é imensurável calcular como.
… sinto dor e certezas.
Talvez eu tivesse que ter tido outra postura, mas é inevitável não lembrar de todos vocês em algum momento de minha vida e de quantas e tantas vezes que eu sorri ao lado de vocês. Fui deveras feliz, mas sempre em alguma esquina qualquer, a tristeza me acomete de maneira que ainda não sei lidar.
… de todas as pessoas que amei, muitos foram essenciais para cavar esse buraco em meu peito.
Já aprendi que o amor é necessário, é com essa energia que nos movemos em busca de algo que nos preenche. Por vezes acreditei que a vida seria muito e que o amor de meus pais, aquele amor que se admira, fosse fácil de ser encontrado.
… de todas as pessoas que amei, muitas eu perdi.
E nessa confusão de perdas e ganhos, a gente desiste de lutar. Quantas e quantas vezes me peguei sozinha imaginando que tudo seria diferente e eu teria paz? Falha minha acreditar que o amor nos causa paz. O amor acolhe, acende, traz alegria… A paz é quando não sentimentos todas as inseguranças que o amor é capaz de nos causar.
De todos os males da alma, o amor e o medo de não ser amado, é o que mais causa mal estar.
… de todas as vezes que amei, nunca tive com o que não me preocupar.
Os olhos se enchem d’água e por vezes acreditei que seria a última vez da penúltima vez da antepenúltima que choraria. Me prometi em vão. Sempre existe algo errado e sempre percebi quando na verdade buscava o contrário, ter paz naquele amor que tantas e tantas vezes acreditava.
Me recordo de vezes que disse eu te amo e na fluidez que o sentimento se materializava em palavras, em como eu me sentia e a liberdade de poder expressar tamanha admiração. Me sentir privada em amar é como se passasse a medir a intensidade de viver, como em um conta-gotas passei a acreditar que domar e tomar seria o ideal, por tantas vezes que me magoar e sofrer fossem coisas que eu nunca quis pra mim.
… de todas as pessoas que já amei, desisti me apaixonar.
A vida é feita pelo acaso das coisas, dos encontros e das pessoas, dos abraços que acolhem e das despedidas que machucam. Das investidas e dos reencontros com o passado, das histórias cruzadas e das perdas e ganhos. Talvez seja por isso que eu não sinta mais vontade de me apaixonar por ninguém, não que seja mal, mas já fui tão apaixonada pela vida, que o que me resta é viver em busca de paz.
… de todas as vezes que…
Encontrar e conhecer. ME CONHECER! Viver cada segundo de cada momento e aproveitar aquela sensação de paz, ou às vezes de furor, a euforia de estar feliz e bem e saber que isso não pode sucumbir a minha vontade de dividir o tempo, o pensamento, o coração com alguém. O meu desejo é ser mais do que posso ser e poder transbordar a alegria de estar com quem eu quero em algum lugar. Sem grandes tormentos, só apenas em paz.
… por todas as pessoas que amei, que sofri, que me despedacei, de abracei, que encontrei, que mais do que amei. talvez agora eu só queira me amar.